Festejos de fim de ano acabaram,
pedidos feitos e oferendas jogadas a Iemanjá; Metas elencadas
(muitas delas remanescentes do ano passado, retrasado, de anos
atrás), e agora é hora de voltar pra vida real. Colocar os pés no
chão de concreto, começar a pagar as primeiras parcelas do cartão,
as contas de início de ano e dar os primeiros passos no caminho para
o alcance das metas. Aliás, os primeiros passos são sempre os mais
empolgantes. Manter essa empolgação ao longo do ano é que se torna um problema.
Entra ano e sai ano e tudo se repete. No entanto, a passagem de ano parece mesmo nos
trazer de volta toda a energia “perdida” durante o ano que se passou. Essa ilusão nunca poderá ser explicada por um simples e
mero calendário ou relógio. E o mais próximo que podemos chegar de
um entendimento sobre por que o ano novo nos provoca tanta
expectativa, é que somos “programados” pra cumprir prazos e
metas. Por isso dependemos tanto dessa medida de tempo pra nos
nortear.
Das objetividades provenientes do nosso
plano de metas às subjetivas necessidades de cumpri-las, nada é
mais importante do que o prazer de realiza-las. Quando o relógio
marca meia noite do ano seguinte e podemos riscar da nossa lista uma
ou mais metas que foram concretizadas, o sentimento de felicidade
invade a alma. E é por isso que recomeçamos as promessas para o ano
seguinte: porque precisamos, de alguma forma, por um instante, saber
que podemos e temos a possibilidade de marcar um encontro com nossa
felicidade em determinados momentos da vida.